top of page

UM POUCO DE HISTÓRIA

O Santuário

A Igreja de Nossa Senhora da Vitória, situada na praça Rodrigues Lima, Largo da Vitória, é tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Foi erguida em meados do século XVI pelos portugueses, em torno de 1534 e 1561, e é a segunda mais antiga do país, subordinada à Arquidiocese de São Salvador da Bahia. Assume-se a construção da igreja neste período devido às inscrições tumulares existentes dentro da igreja que datam desta época.

Registros históricos apontam que Nesta Igreja foram realizados os casamentos das filhas de Diogo Álvares Correa, o Caramuru. Sua filha Magdalena casou-se com Affonso Rodrigues, português de Óbidos, e sua outra filha Filipa Alvares casou-se com Paulo Dias Adorno. Ela abriga um grande acervo de imagens barrocas da escola baiana do século XVIII em seu altar.

 Após a reconquista da cidade, que fora invadida pelos holandeses, a igreja original foi reconstruída. Em 1808, teve sua fachada trasladada, antes de frente para a Baía de Todos os Santos, após a modificação, passou a ter sua frente para o Largo da Vitória. Esta fachada está registrada na pintura de Manoel Lopes Rodrigues, intitulada "Sonho de Paraguaçu" (1871), ao fundo. Esta reforma foi realizada pela Companhia do Santíssimo Sacramento com recursos providos por Dom João e vários benfeitores. 

 

A igreja foi reformada algumas vezes e, em 1910, teve sua fachada reformulada com a incorporação de elementos de estilo neoclássico. No interior, estão imagens barrocas do século XVIII, e suas paredes são adornadas com afrescos dos Passos da Paixão. Entre as obras de arte abrigadas pela igreja, estão os trabalhos de Joaquim Pereira de Matos Roseira (1789-1885). A igreja passou, recentemente, por restauração completa.

Inscrições Tumulares 

 

São quatro inscrições lapidares que se encontram na Igreja da Vitória. Uma das lápides é em comemoração à reedificação da igreja e foi realizada em 1809. Outra, é uma lápide da sepultura de Francisco Barros, responsável por uma das reedificações da igreja. As outras duas restantes são de descendentes do náufrago português Diogo Álvares Correia, o Carumuru, e de sua esposa, a indígena Catarina Paraguaçu. Uma delas datada de 1561. São jazigos de Affonso Rodrigues, genro de Caramuru, português, que casou na Igreja da Vitória em 1534 com Magdalena Alvares. A outra de João Marante, marido de uma das netas de Caramuru.

 

O Bairro

O pôr-do-sol nos fundos da Igreja de Nossa Senhora da Vitória, que está conectada com o mar da Baía de Todos os Santos, é foto de cartão-postal digna de ir para sua memória afetiva. Lá, está uma grande árvore rodeada por um banco convidativo, chamado Mirante Wildberger.

Parte da memória cultural e histórica da Bahia está nos museus e galerias localizadas no bairro. Ele abriga o Museu de Arte da Bahia, o Museu Carlos Costa Pinto, o Museu Geológico da Bahia, o Goethe-Institut Salvador-Bahia (ICBA), o Cinema do Museu (onde se encontra um grande mural de pedras do artista plástico Juarez Paraíso) e a Paulo Darzé Galeria, por exemplo.

O Museu de Arte da Bahia foi fundado em 1918 e é o mais antigo da Bahia. Ele ocupa uma edificação em estilo neocolonial e reúne mais de 5 mil obras de grande valor histórico e artístico distribuídos em coleções de pinturas, esculturas religiosas, porcelanas, mobiliário, prataria, vidros e cristais, desenhos, fotografias, documentos, mapas e gravuras. 

bottom of page